Remembrance, Commemorations and Apologies
The Dutch Context and Implications for Other European Nations
DOI:
https://doi.org/10.51427/com.jcs.2024.05.0003Palavras-chave:
escravatura no Atlântico, comércio transatlântico holandês, Europa negra, comemoraçõesResumo
Visto pela lente da história pública como um canal entre a academia (que inclui investigação, conhecimento e ensino superior) e a sociedade em geral (que engloba os meios de comunicação social, as instituições educativas, os museus e o discurso político), o estudo do envolvimento dos Países Baixos no sistema Atlântico de escravatura surge como um terreno profundamente controverso. No cerne desta afirmação está a dura realidade de que, apesar do seu papel fulcral no tecido histórico do Estado e da identidade holandeses, a escravatura foi, durante muito tempo, relegada para a periferia da investigação académica e das narrativas históricas públicas. Basta analisar um ponto focal crítico: a natureza e a disseminação do conhecimento no meio académico, e a sua subsequente transmissão à esfera pública. Apesar da marginalização persistente, a crescente pressão pública exercida nos últimos tempos por vários segmentos da sociedade holandesa levou a uma reavaliação e a uma revisitação da escravatura e das suas persistentes repercussões. Embora estes desenvolvimentos sejam, de facto, neerlandeses, a sua ressonância estende-se para além das fronteiras nacionais, repercutindo-se em interlocutores de toda a Europa, pois a escravatura transcendeu os limites dos Países Baixos, constituindo um dilema europeu mais vasto. Assim, neste artigo falarei, como já referido, das implicações do tráfico transatlântico neerlandês, caracterizado pela colonização, escravização e exploração económica sistémicas, em que várias potências europeias disputavam o domínio.
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