A Question of Misattribution
Women's Art and Feminist Art History in Contemporary Fiction
DOI:
https://doi.org/10.51427/com.jcs.2022.0003Palavras-chave:
Siri Hustvedt, Elizabeth Kostova, musa, estética, Jessie Burton, ficção sobre arteResumo
Este artigo explora três obras de ficção — The Swan Thieves (2010), de Elizabeth Kostova, The Blazing World (2014), de Siri Hustvedt, e The Muse (2016), de Jessie Burton —, todas elas tentando responder à pergunta “porque é que não houve grandes artistas mulheres?” ao explorar a possibilidade de que obras de arte de mulheres possam ter sido mal atribuídas aos seus contemporâneos masculinos. Sugere-se que os autores de ficção sobre arte [art-fiction] recorrem frequentemente à obra das historiadoras de arte feministas não só para mostrar como essa atribuição incorrecta pode ocorrer, mas também como pode ser consolidada e perpetuada por meio dos mecanismos internacionais que regem a circulação da arte, relegando assim as artistas femininas, do estatuto de praticantes de arte, para o estatuto de musas. Ao explorar o modo como a recepção de uma obra de arte pode ser influenciada pelas percepções dos espectadores sobre o género do artista, a ficção sobre a arte feminina também contribui para o debate sobre se é possível identificar uma estética feminina distinta.
Embora sugerindo que os romances de história de arte muitas vezes se desviam para uma hierarquia tradicional de formas de arte, na qual as pinturas a óleo de temas mitológicos têm o maior prestígio, este artigo argumenta que a arte sobre ficção pode também criar uma narrativa alternativa da história da arte, que pode ser utilizada para desafiar ou, pelo menos, complementar a narrativa principal na qual as grandes obras de arte são quase exclusivamente produzidas por homens.
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