The Vitality of Comparative Literature
DOI:
https://doi.org/10.51427/com.jcs.2024.6.2Palavras-chave:
multilinguismo, close reading, história, Eric Vuillard, Nicholas DamesResumo
Este ensaio aborda simultaneamente a crise da Literatura Comparada e os aspectos a ter em consideração numa versão renovada da disciplina. Nos últimos anos, a Literatura Comparada tem sido confrontada por disciplinas mais recentes, como Estudos Culturais, Estudos de Género, Estudos Pós-Coloniais, ou Literatura-Mundo, cada uma com os seus novos interesses de investigação e a sua metodologia. No entanto, a Literatura Comparada tem sido também muito bem-sucedida na integração desses novos tópicos, questões e olhares, embora o faça, por vezes, abandonando elementos que deveriam permanecer no centro da sua atividade, como o multilinguismo, uma perspectiva histórica forte e uma incidência persistente em objetos textuais e no close reading. Este artigo examina a importância desses três elementos, ilustrando-os, primeiramente, com um exemplo literário (o romance 14 juillet, de Eric Vuillard) e, em segundo lugar, com um exemplo literário-histórico que pode servir como possível modelo do que a Literatura Comparada pode representar e defender nos próximos anos (Nicholas Dames, The Chapter).
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